segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dependência e codependência

A dificuldade em colocar limites é um problema para muita gente.

Muitas pessoas encontram-se vivendo relacionamentos nocivos. Tais relações são aquelas em que ocorrem sérios desequilíbrios entre as pessoas envolvidas. Geralmente, de um lado, há alguém aparentemente bastante zeloso e responsável; e, de outro, um indivíduo que é exatamente o oposto disso. Assim é o pai que resolve todos os problemas do filho inconsequente; a mulher que suporta as armações do marido em nome da fidelidade conjugal; o trabalhador que carrega nas costas o fardo deixado por um colega negligente. Nesse tipo de relacionamentos, geralmente predomina a falta de limites. E, mais grave ainda é que, com frequência, um dos lados sempre arca com as consequências de escolhas e atos irresponsáveis de alguém que lhe é próximo.

A dificuldade em colocar limites para o outro é um problema para muita gente. As justificativas podem variar um pouco, mas todas apontam numa mesma direção: como o outro vai mudar se não o socorrermos e prestarmos ajuda? De que maneira vai mudar sua atitude e comportamento se deixado sozinho? Com desculpas desse tipo, muitos se tornam codependentes daqueles que se acostumaram a ter alguém sempre resolvendo os problemas criados, mesmo manifestando contrariedade. Relacionamentos assim formam uma espécie de engate, onde um necessita do dano e outro precisa da recriminação. E assim a dependência e a codependência se alimentam, às vezes por toda uma vida.

Impossível deixar de lembrar a parábola do filho pródigo, registrada no evangelho de Lucas. O contexto da época indica que aquele pai da história contada por Jesus não queria dividir a herança dos filhos antes da hora – mas acabou cedendo. O rapaz viveu como bem quis e gastou o dinheiro sem controle nenhum, até ficar sem nada. Contudo, o pai, ainda que saudoso e angustiado pela ausência do filho, nada fez para resolver seu problema. Teve estrutura e recursos internos para aguentar a dor de saber que ele sofreria as consequências das suas próprias escolhas. E foi justamente a ausência do socorro paterno que permitiu que aquele jovem experimentasse o desespero decorrente de sua própria insensatez.

Na dor da angústia, o rapaz caiu em si e lembrou-se do conforto da casa do pai. Imediatamente, tomou o caminho de volta, arrependido. Consciente de sua falha, resolveu até abrir mão da sua condição de filho e fazer parte da criadagem do pai. A parábola é uma ilustração do amor de Deus para conosco, aquele tipo de amor maduro, que deixa o outro livre para escolher e aprender com suas próprias decisões. O mesmo amor que se dispõe a receber de braços abertos o penitente, desde que haja um verdadeiro arrependimento e disposição para uma nova atitude e um novo comportamento.

Normalmente, pessoas que desenvolveram um comportamento nocivo e irresponsável, quando percebem o fracasso, acusam e culpam os outros por aquilo que é sua responsabilidade. E, enquanto considerar que a culpa é “do outro”, nenhuma pessoa se empenhará para promover mudanças em si mesma. Outros usam de manipulação, ameaçando sonegar afeto e rejeitar os familiares ou parceiros; e há ainda os que agem com agressividade, e às vezes até violência, intimidando e forçando aqueles que os cercam a se submeterem mais facilmente.

Só deixa a codependência quem fortalece a si próprio, preparando-se para enfrentar acusações e julgamentos injustos. É necessário, também, estar pronto para suportar um possível distanciamento, e por vezes até a rejeição, diante da decisão de deixar o outro entregue a si mesmo. E, corajosamente, suportar o mal estar de estabelecer limites, não cedendo a nenhum tipo de pressão que possa vir de quem se tornou dependente, sabendo que há uma chance para a mudança de quem experimenta na própria pele os danos das escolhas erradas.

Certo pai, cansado da falta de responsabilidade do filho – que tinha um péssimo rendimento universitário por conta das noitadas e frequentes bebedeiras – e de fazer tudo o que podia para fazê-lo melhorar, estava a ponto de desistir. Até que um dia, depois de muito refletir, resolveu liberar o filho para fazer suas escolhas. E fez o seguinte discurso: “Meu filho, quero estar do seu lado, mas daqui para frente é você quem vai escolher onde vai desfrutar dessa companhia. Pode ser na sarjeta, no hospital ou na cadeia; também pode ser num trabalho onde se sinta realizado, no banco escolar ou aqui em casa. Só que não vou mais resolver os problemas que você tiver causado a você mesmo. Saiba, contudo, que estarei sempre disponível e por perto. A escolha é sua.”

Esther Carrenho

Fonte: http://cristianismohoje.com.br/interna.php?id_conteudo=706&subcanal=54

BLINDAGEM FAMILIAR

São muitos os caminhos, as oportunidades e as necessidades que levam o jovem às drogas. Mas a família não deve encarar o pesadelo como inevitável ou definitivo:

· Diálogo constante e compreensão na medida certa, com demarcação de limites claros, continuam sendo as melhores opções para manter os filhos longe do vício

· A fuga para as drogas geralmente é sintoma de que algo não vai bem em casa. Os pais precisam exercitar a autocrítica o tempo todo

· O filho deve ser conscientizado, desde cedo, que é o principal responsável por seus atos – e a principal vítima de suas eventuais consequências ruins

· Famílias acomodadas correm mais riscos de serem surpreendidos pelas drogas. Os pais devem acompanhar a rotina, fiscalizar companhias e programas dos filhos e, sobretudo, ganhar sua confiaça

· O drama das drogas muitas vezes não se resolve e pode levar o filho à ruína pessoal e à morte. A família não deve minimizar o uso de substâncias entorpecentes ou considerar que a prática é coisa normal do processo de formação e amadurecimento do jovem

· Repetidos estudos têm mostrado a importância da prática religiosa como forma de prevenção ao vício. Pais crentes devem incentivar o desenvolvimento da vida espiritual dos filhos e seu engajamento numa congregação


Fontes: Desafio Jovem e Clube 700

SOLUÇÃO ARRISCADA

A última conferência da Comissão de Entorpecentes da ONU, realizada em Viena, Áustria, em 2008, foi palco para surpresas desagradáveis. A primeira foi o trágico balanço da luta contra as drogas. A proposta de criar “um mundo livre das drogas”, slogan aprovado pela entidade dez anos antes, foi um fracasso retumbante. A segunda, a ressurreição das vozes que clamam pela legalização do uso de substâncias consideradas ilícitas. Mesmo derrotada, a proposta é cada vez mais forte no mundo moderno.

Historicamente, a legalização das drogas trouxe mais males do que benefícios. Há cem anos, a China só conseguiu conter o crescimento do consumo de ópio quando passou a combatê-lo. Com isso, evitou uma catástrofe nacional, já que 25% da população era viciada. Em países como a Holanda, que liberou a compra de até cinco gramas de maconha em lojas, criou-se um “turismo da droga” – além disso, bairros inteiros da capital Amsterdã se degradaram.

PESADELO GLOBAL

Segundo a ONU, 210 milhões de pessoas no mundo usam substâncias ilegais

Destas, 26 milhões são seriamente viciados em drogas pesadas

No Brasil, usuários frequentes e viciados chegam a 900 mil

Há dez anos, a idade média do primeiro contato era 14 anos. Hoje, é de 11 anos

1 em cada 4 estudantes brasileiros de ensino fundamental e médio já experimentaram

sábado, 12 de fevereiro de 2011

COMAD APRESENTA PROPOSTAS PARA 2011


Na semana que passou o Conselho Municipal Antidrogas (COMAD) realizou sua primeira Reunião Plenária do ano.
Na ocasião o Pastor Milton Lucas, presidente do COMAD, apresentou um vídeo com a retrospectiva do ano de 2010 e fez uma breve explicação dos objetivos do Conselho. O objetivo do Conselho é a diminuição da demanda de drogas, trabalhando na prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social, bem como acompanhando as atividades de repressão no município.
As propostas para este ano incluem todas estas áreas, com um destaque especial para o trabalho de prevenção nas escolas. Para isso o COMAD está contratando a assessoria da psicóloga Tonina Miraglia, com especialização no assunto, que vai coordenar as iniciativas de prevenção, bem como atuar no acompanhamento e direcionamento para internações. Tonina já atua como psicóloga junto ao Esquadrão da Vida e está dirigindo o Grupo de Apoio que funciona em Piratininga.
Durante a plenária falaram também o Delegado Luis Carlos Amado, o Juiz de Direito Luiz Roberto Fink Junior, a Promotora Pública Flávia Maria José Bovolin, o Prefeito Municipal Odail Falqueiro e o Presidente da Câmara Municipal Manoel Jerônimo Ferreira do Espírito Santo. Todos expressaram sua alegria e entusiasmo com as atividades desenvolvidas até aqui pelo COMAD e também demonstraram seu apoio e envolvimento com as propostas para o ano de 2011.
O COMAD está sendo instalado em duas salas do prédio da Prefeitura Municipal (Estação) e em breve estará abrindo as portas para atendimento ao público.
Alem dos conselheiros, estavam presentes a diretoria do COMAD, autoridades e representantes de diversos segmentos da comunidade.
“O trabalho no ano passado foi especialmente de mobilização e fomos muito bem sucedidos” comenta o Pastor Milton Lucas “nossa intenção agora é de implementar atividades mais efetivas, especialmente na prevenção, junto às escolas e famílias, e para isso contamos com a ajuda de todos”.
No mesmo dia, antes da reunião, uma palestra para professores e funcionários da Escola Eduardo Velhor Filho foi dirigida pelo presidente do COMAD, acompanhado pelo Dr Luis Carlos Amado e a psicóloga Tonina Miraglia.
A plenaria, como de costume, terminou com um momento de oração dirigido pelo Pastor Milton, invocando as bênçãos de Deus pela cidade, pelas autoridades, pela campanha e em especial por aqueles que sofrem hoje diretamente com o problema das drogas em casa.
As reuniões do COMAD são abertas ao público e acontecem na primeira terça-feira de cada mês, na Câmara Municipal.